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O encontro com a vocação e a busca pela entrega à vida de missionária

Ela achava que sairia de casa para se casar e ter uma família. Mas, aos 18 anos, Diane Cundiff foi em busca de outro destino. Queria descobrir se tinha vocação religiosa, algo que ainda não sabia se era mesmo para ela. A única certeza naquela época era o desejo de fazer uma faculdade para se tornar jornalista ou advogada. Mas, assim como nas reviravoltas dos filmes de ação que tanto ama, ela se deparou com um divisor de águas em sua vida: aos 25 anos, nas vésperas de fazer os votos religiosos perpétuos, ela ouviu o chamado para ser não só religiosa, mas para se oferecer como missionária fora dos Estados Unidos, seu país de origem. E ela queria uma mudança mais radical, que a possibilitasse se entregar à sua missão.

Nessa época, ela ainda não fazia ideia do papel que iria desempenhar como missionária. Decidiu aceitar. Já atuava como educadora e sabia que seu desejo era trabalhar pelos outros, abrir mão de suas preferências pessoais para colaborar com sua comunidade. Se estabeleceu no Brasil e há 55 anos é irmã consagrada pela Congregação das Irmãs da Santa Cruz.

A americana é aventureira, ama viajar e escutar as músicas de Elvis Presley. Sempre esteve envolvida com educação. Trabalhou como professora, catequista, administradora, colaborando com grupos de reflexões sobre a vida religiosa e a espiritualidade dentro da Congregação das Irmãs da Santa Cruz e atualmente é diretora do Colégio Católico Santa Maria, em São Paulo.


Sua atuação como diretora lhe rendeu bastante destaque ao defender o debate sobre identidade de gênero, que alguns pais tiveram dificuldades para compreender e aceitar. Para ela, também faz parte da missão saber não julgar, estabelecer diálogos e promover a reflexão entre as pessoas. Como boa educadora e contadora de estórias, seu conselho para quem busca entrar para a vida religiosa no contexto atual é ler biografias ou histórias de pessoas que fizeram essa opção e conversar com quem já atua como missionária seguindo os ensinamentos de Jesus. E ela vai além, deixando uma reflexão sobre os desafios dos religiosos e religiosas nestes tempos difíceis em que vivemos: “Sonhar e imaginar como Jesus e Maria estariam vivendo as suas vidas hoje no Brasil, na sua cidade, no seu grupo de amigos. Você estaria entre as amigas e discípulas de Maria e de Jesus? Deve responder estas perguntas todos os dias e em cada local em que você se encontrar. A religiosa tem que estar sempre junto a Jesus e Maria e entre as pessoas que eles amavam”.


Texto| Marina Ferreira

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