Parceria marca presença na luta por políticas públicas em defesa das mulheres.
A violência de gênero é uma realidade que precisa ser enfrentada, o número de crimes contra as mulheres é crescente no Brasil. Vivemos uma realidade onde doze mulheres são assassinadas a cada 24h. Porém, é preciso salientar que a violência não se manifesta apenas de forma física. Ela também se apresenta em forma de violência psicológica, verbal, patrimonial, moral e sexual.
Nos últimos anos, no fomento das discussões sobre o direito das mulheres, muitas delas passaram a se sentir encorajadas a denunciar as violências que sofrem. A visibilidade sobre o tema fez aumentar a atenção da mídia sobre o assunto, e antes o que era silenciado, agora é trazido à tona.
Em 2018, o Instituto das Irmã da Santa Cruz decidiu contribuir para dar um basta na violência contra mulher, e a melhor forma encontrada para isso, foi através do apoio a Pastoral da Mulher Marginalizada, que presta assistência a grupos de mulheres em situação de prostituição. A PMM presta serviços de orientação jurídica, cursos de capacitação e conscientização para que as mulheres exerçam cada vez mais os seus direitos.
É nesse sentido que a Pastoral tem escutado e acompanhado inúmeras mulheres, que são possíveis presas para o aliciamento ao tráfico para fins de exploração sexual. São elas, com idades entre 19 a 45 anos, com sonhos de ajudar a família, construir sua casa e dar uma vida digna para seus filhos. São elas que, muitas vezes saem de outro estado ou país para tentar a vida aqui em São Paulo.
Segundo Maria Aparecida Montagnoli Moura, presidenta da PMM, o apoio do IISC garantiu a efetivação da presença solidária e profética na vida das agentes e também na vida das mulheres em situação de prostituição, e também gerou a compreensão do papel da PMM enquanto Pastoral Social.
Para Maria Aparecida, o apoio também possibilitou a Construção de novas equipes e ajudou nas sistematizações das ações regionais onde a PMM atua.” A pastoral da mulher marginalizada tem alcançado resultados em grande parte qualitativos e não quantitativos. Considerando-se que as mulheres estão mais empoderadas e lutando pelos seus direitos de forma consciente e também estão desabrochando para sair da exploração sexual e despertando para uma vida sem violência e sem estigmas. A partir da Proposta Pedagógica e da realidade concreta das mulheres tem-se elaborado um plano de trabalho para facilitar os encaminhamentos por meio das equipes de base”, salienta a presidenta
Segundo ela, esse trabalho também contribuiu para a integração mais consolidada da PMM em nível nacional. “Isso só foi possível com apoio da Congregação das Irmãs da Santa Cruz, que não mediu esforços, e não estamos falando apenas do financeiro, elas doaram duas Irmãs para o trabalho de formação social nas bases e na organização do secretariado Nacional”, ressalta.
Texto | Mayara Nunes
Revisão Editorial | Fabiano Viana
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