Naquele dia torturante, humilhado por aqueles que o negavam, Jesus Cristo desceu aos infernos da consciência humana para oferecer seu santo corpo em sacrifício.
No caminho do Calvário, em meio às ofensas, chacotas e chibatas, gravava a cruz que carregava, seu corpo e seu sangue com todo o mal de que o ser-humano que nega a Palavra é capaz; levou toda esta miséria humana até a crucificação, onde deu seu último suspiro, não sem antes perdoar a todos com o infinito amor e misericórdia vindos da Luz Divina, que era o próprio Cristo.
Maria perdeu seu filho; seus discípulos perderam seu Mestre; o séquito que sempre o acompanhava para beber do Verbo debulhava-se em lágrimas e tristeza, mas Ele ressuscitou e deixou a todos seu último ensinamento: aquele que vive na graça, no amor, no perdão e na misericórdia divina terá a Vida Eterna e será consagrado ao Pai Celestial.
Este sacrificou foi para a humanidade o bálsamo etéreo de cura de sua miséria, pois o Filho de Deus encarnado derramara seu sangue em um solo amaldiçoado desde o Pecado Original; foi para nós um fôlego que nos trouxe a sobrevida de que usufruímos até os dias de hoje, pois Cristo está vivo junto a seu Pai derramando-nos ainda seu Amor e sua Misericórdia.
A Páscoa é um período para contemplar e reconhecer o que representou o sacrifício de Cristo na Cruz e Sua Ressureição, e é na compreensão e adoração desta Paixão e Ressurreição que podemos encontrar a cura para todos os males que advém de nossos pecados, principalmente em um ano em que ainda somos assolados por uma pandemia.
Infelizmente, ainda vivemos nesta solidão do isolamento e das mudanças repentinas da vida, e a Páscoa pode não parecer tão atrativa como as anteriores, mas é justamente neste ano de 2021 que somos convidados refletir e buscar a pura Luz do Pai, crendo em sua infinita misericórdia para que este duro momento de provação termine.
Lembremo-nos: Jesus Cristo Ressuscitou! Ressuscitou verdadeiramente! Foi a vitória do Amor sobre a raiz do mal; a transmutação deste mal no melhor bem da Humanidade. Foi (é e sempre será) a prova de que a morte não existe para quem vê o Pai.
"Eu sou a ressurreição e a vida. Aquele que crê em mim, ainda que morra, viverá”
Texto| Carlos A. L Batistela
Comentários