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8 de março, Dia Internacional da Mulher que luta!




Flores, homenagens e cartões no dia mulher. Você sabia que diferentemente de outras

datas comemorativas a data que comemora o dia da mulher não foi criada pelo

comércio?


O dia 8 de março é um dia de luta, celebrado como dia da mulher desde

1975. Sua origem remonta do início do século 20, quando diversos protesto ecoaram

pelos Estados Unidos e Europa reivindicando melhores condições de trabalho e

igualdade de direitos.


Trabalhadoras fabris nos Estados Unidos e em alguns países da Europa começaram uma campanha dentro do movimento socialista para reivindicar direitos. Na época, as

condições de trabalho para as mulheres eram ainda mais insalubres do que a dos

homens.


No Brasil, a data é relacionada ao incêndio ocorrido em 25 de março de 1911, na

Companhia de Blusas Triangle, que ocasionou a morte de 146 trabalhadores, sendo, entre eles, 125 mulheres, a maioria judias.


Apesar disso, há registros anteriores a esta data que trazem referência as reivindicações femininas dentro do movimento dos trabalhadores.


Posicionamento corporativo da Congregação

Diante da situação precária e alarmante em que vivem as mulheres pelo mundo, a

Congregação das Irmãs da Santa Cruz apóia iniciativas e esforços "para eliminar a dominação e subordinação das mulheres na sociedade, na igreja, em nossos ministérios, em nossas instituições patrocinadas e em nossas vidas. Juntos acabaremos com a nossa própria e silenciosa aquiescência a um comportamento opressivo contra as mulheres" ( Corporate Stand, 1998)


As dificuldades sociais que enfrentadas ainda hoje


Em 2019, no Brasil, apesar das inúmeras conquistas políticas e sociais, e apesar da

considerada jornada dupla das mulheres, elas ainda ganham 20,5% a menos que os

homens em funções equivalentes. Essa diferença se torna ainda maior com pessoas entre


40 e 49 anos de idade. As mulheres nessa faixa de idade recebem em média 25,1% a

menos do que os homens.


A cultura equivocada da produtividade, no entender de alguns empregadores, acredita

que a participação feminina no trabalho serve apenas para complementar a renda

familiar, entre outras crenças absurdas, como mencionou o Presidente da República, Jair Messias Bolsonaro “Mulher tem que ganhar menos por que engravida”.


Na relação empregada e empregador, a legislação trabalhista contempla direitos

legítimos da mulher em aspectos genéricos como gravidez e amamentação. Mas pode

um direito legítimo acentuar a desigualdade no mercado de trabalho?


Na contramão dos menores salários, cerca de 30 milhões de mulheres chefiam lares em

todo o Brasil, o crescimento de 105% desse modelo familiar se deve a independência

feminina, mas em muitos casos, se deve ao abandono paterno do lar.


Segundo pesquisa feita pelos demógrafos José Eustáquio Alves e Suzana Cavenaghi, do

Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE), publicada no livro “Mulheres

Chefes de Família no Brasil”, o crescimento foi de 105% nos últimos 15 anos,

representando 40,5% das residências do país. O conceito chefia é utilizado pelo instituto

oficial que define a “pessoa de referência”, o integrante do lar responsável pela casa.


As desigualdades não param por ai, os dados de violência contra a mulher evidenciam

crenças estruturais de gênero no país, como o controle reprodutivo, e o controle do

corpo e da vida da mulher como posse do homem.


A sociedade, cada vez mais entregue a uma política cruel e populista daqueles que estimulam a violência como resposta, ignora a insegurança em que as mulheres são submetidas no país.


Dentro de casa, no transporte público, nas ruas, nos espaços de educação e lazer. Não há lugar seguro. A violência compõe o cotidiano de relações sociais sustentadas por uma cultura profundamente machista. Se a violência contra mulher fosse tratada como

doença já poderia ser considerada uma epidemia.


O relatório Global 2019 da ONG internacional Humans Rights Watch divulgado em 17

de janeiro de 2019, define uma epidemia de violência doméstica no Brasil.


O documento apurado no começo de 2018, denuncia que há mais 1,2 milhões de casos de agressões contra mulheres pendentes na justiça brasileira.


Em 2017, 4.539 mulheres morreram no Brasil, de acordo com o Fórum Brasileiro de

Segurança Pública, e, dentre essas mortes, 1.333 homicídios foram tipificados como

feminicídio.


Um dos agravantes consiste na precariedade da rede de apoio as vítimas.

Em 2018, 23 abrigos que recebiam mulheres e crianças vítimas de violência foram

fechados por corte de gastos.


Fonte: https://g1.globo.com/mundo/noticia/2019/03/08/a-origem-operaria-do-8-de-marco-o-dia-internacional-da-mulher.ghtml


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