Texto: Ir. Elisângela Matos
O tráfico de mulheres para fins de exploração sexual não é um crime recente.
Esse crime revela-se um sistema multifacetado.
Os anseios por uma vida melhor levam inúmeras mulheres a mudarem de cidade, estado ou país e tornam pessoas em situação de migração vulneráveis a ação criminosa dos aliciadores, que se aproveitam das situações e dos seus sonhos para iludir e aprisionar suas vítimas a partir da retenção dos seus documentos pessoais, violências, ameaças constantes, inclusive, a os familiares etc.
As mulheres, meninas e travestis são as principais vítimas do tráfico de pessoas
para fim de exploração sexual. Apesar de todos os avanços conquistados as
desigualdades entre homens e mulheres ainda são sintomas avassaladores.
A Pastoral da Mulher Marginalizada (PMM) que conta com a presença de duas irmãs da Santa Cruz no Secretariado Nacional, em São Paulo, tem escutado e acompanhado várias mulheres "possíveis presas" para o aliciamento ao tráfico para fins de exploração sexual.
São mulheres entre 19 a 45 com sonhos de ajudar a família, a construir sua casa e
a dar uma vida digna para seus filhos. E que muitas das vezes vieram de outro estado ou país para tentar a vida em São Paulo.
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