“Companheira me ajude que eu não posso andar só, eu sozinha ando bem, mas com você ando melhor”, mulheres de diferentes idades e histórias cantavam esses versos, enquanto a música soava em seus corpos que dançavam alegremente.
A casa da Rua Guilherme Maw, onde fica localizada a sede da Pastoral da Mulher Marginalizada, neste momento se preencheu de companheirismo, amizade e solidariedade.
Nesta terça (19), a PMM comemorou o mês da mulher. Mas, para além de uma simples festa, o objetivo do evento consistia em passar uma mensagem de união entre mulheres frente ao preconceito de gênero e a todas as atrocidades que estamos atravessamos em nosso país.
Para Fabrícia Paes, Secretária Nacional da PMM, o mês da mulher é muito significativo e de extrema importância para todas as mulheres da pastoral.
“Esse encontro que é de festividade da semana da mulher, no mês de março que é um mês tão significativo. É importantíssimo para as mulheres que a PMM acompanha, que vivem em situação de vulnerabilidade.
Esse evento vem para aprofundar e criar laços, laços de amizade, e também para difundir os direitos que elas possuem enquanto mulheres.
É um momento de muita partilha e enriquecimento mútuo, entre elas, e uma troca de experiências com a pastoral. O nosso objetivo é que a mulher tenha voz, sempre uma voz de direitos para uma vida mais digna, mais justa, mais solidária e mais fraterna”, explica Fabrícia.
Durante a festa nenhuma conseguiu ficar parada, principalmente com a apresentação de danças regionais organizada pelas irmãs da pastoral. Os sapatos e sandálias marcavam no chão no ritmo do coco, do forró e do baião.
“Pra mim foi muito bom o evento de hoje, foi muito diferente dos outros. Cada uma fez a sua parte, com boa vontade e à medida que vai passando o tempo, vamos ficando cada vez mais à vontade. O dia da mulher é muito importante e infelizmente vemos acontecer uma série de feminicídios e assassinatos, mas com força e fé em Deus, vamos levando e tomando cuidado”, relata Ayla Maria, participante do evento.
Ao final da programação, todas as presentes se alimentaram de uma almoço construído coletivamente. Para Tânia Mattos, momentos com este fortalecem a troca e a aprendizagem mútua, entre a organização e suas participantes.
“Eu vim de Sergipe e achei muito bonito o trabalho que as irmãs fazem, essas mulheres precisam de ajuda, porque vivem sozinhas, nas ruas, e esse é um momento de troca, em que elas dividem sua vida, confia em dividir suas histórias com as irmãs e passam muitas energias boas, apesar de sofrerem, elas passam energias boas. No dia a dia a gente vem apreendendo, ensinando e aprendendo com elas”, com Tânia.
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