“Participação Inclusiva e Estruturada de Indígenas em Políticas Públicas da Auto Sustentabilidade ao Manejo Sustentável” é uma iniciativa do Conselho Indigenista Missionário que foi contemplada, em 2019, pelo investimento social do Instituto das Irmãs da Santa Cruz (IISC).
O projeto consiste no incentivo e apoio a produção orgânica de alimentos (hortaliças, milho, feijão, batata doce, mandioca) e favorece a produção alimentícia através da construção de hortas, plantio e recuperação de áreas degradadas através da supressão de eucaliptos em troca do plantio de árvores nativas.
O investimento possibilitou a aquisição de sementes, adubos, caixas para armazenar água e irrigar as hortaliças, ferramentas e maquinas para adequar o solo ao plantio dos cultivares diversos.
Para Jacson Lopes Santana, membro da coordenação colegiada, o suporte disponibilizado pelo IISC foi de fundamental importância para o processo formativo acerca da produção saudável de alimentos nas comunidades indígenas. “Esse primeiro passo foi de grande importância para as comunidades em que o projeto foi executado, pois representou uma nova fase com a possibilidade de iniciar um processo de produção de alimentos saudáveis”, afirma Jacson.
O projeto habilitou às comunidade indígenas através de formações e debates sobre a importância da produção e do consumo de alimentos saudáveis. Fomentou discussões acerca do acesso e da ineficiência das políticas públicas de incentivo à produção diversificada de alimentos e gerou autonomia para que a comunidade efetivasse a produção dos alimentos através da construção das hortas e plantios.
Para Jacson é importante destacar que projeto é um passo importante no sentido de possibilitar a construção de espaços coletivos para a produção de alimentos, a fim de iniciar um processo que vise garantir a subsistência alimentar das comunidades impactadas pelo projeto. “Um aspecto importante a ser destacado é a perspectiva pedagógica que o projeto causou nos membros das comunidade atendidas. Para além dos momentos formativos, percebemos que a construção e produção de alimentos estimulou membros da comunidade a também produzir, mesmo que pequenos pedaços de terras, alimentos para a famílias. Isso é muito importante no processo de empoderamento das comunidades”, pontua o coordenador.
Texto| Mayara Nunes
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