Se por um lado vemos os efeitos devastadores da pandemia, por outro, também vemos muitas ações de solidariedade e proximidade aos mais vulneráveis. Sabemos que os idosos e as pessoas com imunidade mais baixa ou saúde já debilitada encontram-se no grupo de maior risco. Neste grupo estão também as pessoas em situação de rua.
Tendo em vista este cenário, o Instituto das Irmãs da Santa Cruz (IISC) tem tomado diversas medidas no amparo das populações desprovidas de insumos básicos. Além das doações regulares de marmitas para distribuição no Serviço Franciscano da Solidariedade (SEFRAS), o IISC tem apoiado financeiramente organizações da sociedade civil atuantes no combate à desigualdade durante a pandemia.
A jovem vocacionada, Stefanni Oliveira dos Anjos, diante dessa situação medita sobre a frase de Padre Moreau, fundador da Congregação das Irmãs da Santa Cruz: “Vocês podem ter certeza de que Deus não os abandonará”. A partir desse pensamento Stefanni relata sentir gratidão ao poder colaborar com os mais vulneráveis neste contexto. “Não está sendo um momento fácil para todo nós, mas para este público a dificuldade é visível. A maioria da população em situação de rua se encontra em condição de risco e não recebem ao menos o básico para uma vida digna. Estamos unidas em prol de uma causa, onde é visível a necessidade da nossa presença. É onde concretizamos um ato de amor, solidariedade, compaixão e misericórdia.”, comenta a jovem.
A solidariedade além de ser um sentimento de empatia pelos que sofrem é também um compromisso social que temos uns para com os outros. Os noticiários nos mostram números de um desastre diário, 600 mortes por dia, em apenas um dia contabilizamos três tragédias de Brumadinho. Os noticiários nos mostram números, mas esses números são vidas que se perderam, vidas que amavam e que eram amadas por alguém.
Stefanni também reflete sobre a proporção da tragédia e a rapidez com que perdeu-se o controle. “Eu me sinto comovida ao ver tantas famílias enlutadas perdendo seus entes queridos, desempregados, passando fome ou até mesmo tendo que se expor nas ruas para buscar seu sustento correndo o risco de serem infectados pelo vírus. Percebi também o quanto nós seres humanos precisamos uns dos outros, principalmente nesse momento em que estamos desprovidos (as) das políticas que garante a segurança o direito dos cidadãos”, pontua.
Texto| Mayara Nunes
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