Em 2019, o investimento social do Instituto das Irmãs da Santa Cruz contemplou a Cáritas Brasileira Regional Nordeste 3 pelo projeto “Construindo Alternativas Energéticas no Semiárido Baiano”. A iniciativa consiste na construção de unidades familiares agroecológicas sustentáveis através da implantação da tecnologia social do biodigestor, que produz biogás, fertilizantes e húmus.
O biodigestor é uma tecnologia de baixo custo que permite uma maior autonomia em relação ao uso de combustíveis fósseis, como o gás de cozinha, e contribui para a diminuição da emissão de gazes que causam o efeito estufa.
A tecnologia também é benéfica para a agricultura, pois, a partir dela é que se produz o biofertilizante, que são adubos naturais utilizados para o aumento da fertilidade do solo e melhoria da produção de alimentos, onde o excedente da produção é comercializado aumentando a renda das famílias que residem em dez municípios da região.
Dona Jacimeire da Silva, moradora da comunidade Barro Vermelho, Baixa Grande relata que a adesão ao biodigestor foi muito importante para a melhoria de vida da comunidade. “Com o uso do biogás a gente diminuiu o gasto com a compra do botijão de gás convencional e agora podemos utilizar a renda para aumentar a quantidade de alimentos da feira para a família. Ajuda também a diminuir a poluição do meio ambiente. Com os resíduos consigo adubar a minha terra. Estou fazendo uma adubação para o plantio de laranja, uma plantação natural para o consumo da família e quem sabe vender o excedente”, conta Jacimeire.
Segundo Alan Lustosa, da Assessoria de Comunicação da Cáritas Brasileira Regional 3, o apoio das Irmãs da Santa Cruz foi de suma importância para a continuidade do projeto. “Tem sido fundamental a parceria com Instituto das Irmãs de Santa Cruz para a realização dessas obras que, muito contribui na perspectiva para o fortalecimento da agricultura familiar no semiárido brasileiro. Fortalece a mobilização social e a capacidade da incidência política. O manejo dessa tecnologia pode ser a precursora da formulação de uma nova política pública para a agricultura familiar”, comenta Alan.
Texto| Mayara Nunes
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